Carlos Alberto Mendonça foi condenado a 19 anos e 7 meses de prisão pelo assassinato da pastora Cida, crime que aconteceu no ano passado em Aquidauana. O julgamento aconteceu na segunda-feira (28) e a defesa ainda pode recorrer da decisão.
O crime de feminicídio aconteceu no dia 27 de agosto de 2019 e o processo corria em segredo de Justiça. O júri só foi realizado na segunda-feira, já que os julgamentos estavam parados por conta da pandemia de coronavírus.
Carlos Mendonça foi condenado a 19 anos, sete meses e três dias em regime fechado. O crime teve o agravante de que ele cometeu o assassinato na frente do filho e da mãe da pastora. Além disso, a vítima tinha medidas protetivas contra ele.
O juiz Ronaldo Onofre comenta que o réu já havia cometido feminicídio em Vázea Grande, em 1988. Como na época, não existia o crime de feminicídio, o fato foi configurado como homicídio qualificado. Como o réu ficou tanto tempo escondido, o crime acabou prescrevendo e ele foi considerado réu primário pelo assassinato da pastora Cida.
Apesar do crime ocorrido há mais de 20 anos não ter efeito para o julgamento do feminicídio da pastora, o juiz comenta que utilizou o fato para manter a prisão preventiva. “Considerei esse episódio de Várzea Grande, pelo fato de ele ter se mantido escondido, como razão para justificar a manutenção da prisão preventiva caso ele venha a recorrer da sentença”, disse.
Feminicídio
No dia 27 de agosto, o autor executou a esposa com quatro tiros de revólver, dos quais três atingiram a vítima, em pleno culto religioso realizado na Igreja Pentecostal Bandeira da Vitória, no bairro Nova Aquidauana.
Vários fieis que participavam da reunião testemunharam o crime e a vítima chegou a ser socorrida por populares, mas não resistiu aos ferimentos.
O assassino fugiu após efetuar os disparos, tentou suicídio com uma faca, mas, foi capturado pela polícia de Aquidauana.