O homem preso suspeito de torturar e matar mulheres em Goiás e no Paraguai cometeu crimes após ser solto por estupro e agressão contra garotas de programa, segundo o delegado Arthur Fleury, que investigou a morte de uma das vítimas em um motel de Aparecida de Goiânia, no final do ano passado.
Leandro Alves foi preso na última sexta-feira (6), na fronteira do Brasil com o Paraguai, usando um documento falso quando foi preso. A polícia acredita que o homem tentaria atravessar a fronteira para fugir. A polícia disse que ele segue preso no Paraná e será recambiado para Goiás.
O g1 não localizou a defesa dos suspeitos para se manifestar sobre o caso até a última atualização desta reportagem.
Deyselene de Menezes Rocha, que era garota de programa, segundo a polícia, foi encontrada morta carbonizada no dia 13 outubro de 2022, em um matagal. Ela tinha sinais de tortura, como um arame enrolado no pescoço.
A Polícia Civil disse que Leandro também é suspeito de ser o autor de um assassinato contra uma adolescente de 15 anos, que foi achada morta com sinais de tortura em um motel em Ciudad del Este, no Paraguai. O crime contra a menina foi no dia 3 de novembro do ano passado, ou seja, menos de um mês após o assassinato de Deyselene.
Morte
A Polícia Civil disse que imagens do circuito de segurança de um motel perto da BR-153, em Aparecida de Goiânia, mostram quando a vítima chega ao estabelecimento em carro dirigido por Leandro Alves. Em seguida, um casal chega ao motel e divide o quarto com ele e a vítima.
Horas depois, uma mulher deixa o estabelecimento andando e o outro homem sai no carro, que era dirigido por Leandro . A vítima não é vista saindo do estabelecimento.
Deyselene de Menezes Rocha, que foi achada morta em Abadia de Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Ao observar as câmeras de segurança do motel, a Polícia Civil verificou que no banco de trás do carro havia um volume encoberto com um pano. O delegado disse que na conta paga no motel por Leandro há a cobrança de um lençol e um travesseiro, que ele teria levado do estabelecimento.
A irmã de Deyselene relatou à polícia que ela foi vista pela família pela última vez, por volta das 4h do dia 12 de outubro de 2022, quando deixou o filho aos cuidados da irmã.