Após cogitar mil celulares invadidos, PF pode se limitar a dezenas

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Perícias vão dizer exatamente do que se trata cada pasta de arquivos apreendida com hackers (Eduardo Militão/UOL/24.jul.2019)

Peritos  avaliam que a Operação Spoofing, que revelou que cerca de mil telefones celulares de autoridades podem ter sido invadidos, possa chegar a uma conclusão menos explosiva ao fim das investigações.

Um perito estimou que, de mil linhas, talvez só centenas tenham liberado acesso à caixa postal — o que facilita o acesso aos dados do aparelho.

Por fim, é possível que apenas uma dezena de linhas tenham tido dados copiados. O especialista da Polícia Federal estimou essa quantidade em aproximadamente 30 pessoas. O cálculo leva em consideração a quantidade de aparelhos e a dificuldade de cumprir todas as etapas para concluir a invasão do celular.

Outro perito concorda. Sem o término das análise sobre pastas e atalhos encontrados no computador de Walter Delgatti – preso na terça-feira (26) –, não é possível verificar quantas verdadeiras vítimas foram atingidas.

Os investigadores buscam descobrir se há ainda um responsável oculto pelo ataque ao celular de agentes públicos, como o ministro da Justiça, Sergio Moro.

A Polícia Federal aponta que os suspeitos do hackeamento fizeram ligações para 976 números de celular, o que levou os policiais a estimarem o número de vítimas “potencialmente” a 1.000 pessoas. Mas isso não significa que todos tiveram dados copiados, porque nem sempre todos os quatro passos da invasão eram bem sucedidos: obter o número da linha, obter o código do Telegram pela caixa postal, conseguir abrir o Telegram e copiar a mensagens.

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