Policial que matou 2 em Paranaíba diz não lembrar de nada depois de briga

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Em depoimento, o policial militar Lúcio Roberto Queiroz da Silva, 36 anos, preso por matar a esposa e o suposto amante dela, confessou os crimes, mas afirmou que não se lembra do momento em que atirou no corretor de imóvel Fernando Enrique Freitas, 31 anos, e na mulher, Regianni Araújo, 32 anos. O crime aconteceu na noite de sábado (5), em Paranaíba, distante 422 quilômetros de Campo Grande.

O policial, que era procurado há três dias, se entregou à polícia na tarde de ontem (8). Ele foi ouvido e por volta das 21h foi trazido para o Presídio Militar de Campo Grande. Contra ele já havia mandado de prisão preventiva de 30 dias. Lúcio vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil, feminicídio e violência doméstica.

Segundo a delegada Eva Maíra Cogo da Silva, titular da Dam (Delegacia de Atendimento à Mulher), Lúcio contou que estava na casa dos pais com Regianni e o filho de 8 anos, quando recebeu prints de conversa trocadas em mensagem da esposa com o corretor de imóvel. Foi a mulher de Fernando quem delatou o suposto caso ao policial, conforme a investigação.

Lúcio, então, pegou o carro e foi até a casa onde Fernando estava para “conversar”, segundo relatos dele à polícia. Ao chegar ao local, disse que foi até onde Fernando dormia no sofá e colocou o pé para acordá-lo. “Ele disse que Fernando foi para cima dele e daí por diante não se lembra de mais nada”, disse Eva Maíra.

O corretor tentou fugir correndo para um dos quartos, mas foi atingido por vários tiros e caiu entre a cama e o guarda-roupa. O policial relatou ainda que não se recorda como fez o caminho de volta para a casa dos pais dele, onde cometeu o segundo assassinato disparando em Regianni.

Regianni foi morta a tiros na casa dos sogros enquanto descansava no sofá (Foto: divulgação)

Regianni foi morta a tiros na casa dos sogros enquanto descansava no sofá (Foto: divulgação)

O policial disse apenas que ao retornar à residência dos pais encontrou o pai dele com o filho na frente do imóvel e mandou que o menino fosse para o quarto. “Foi um crime de ódio, não passional”, afirmou a delegada. Depois do duplo assassinato, o policial deixou a arma em cima da estante e fugiu no carro do pai para uma área rural do município.

 

Fonte: Campograndenews

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